O Muzenza surgiu no bairro da Liberdade, como um tributo ao músico jamaicano Bob Marley (1945-1981), responsável pela difusão internacional do reggae. A inspiração na cultura afro-jamaicana veio da popularidade do ritmo nos anos 1980. O Muzenza era adorado pelos jovens foliões na década de 80, ficando conhecido como o "bloco do reggae" ou Muzenza do Reggae. No primeiro Carnaval do bloco, em 1982, cerca de 4.000 foliões desfilaram no bloco. Aos poucos, o Muzenza consolidou-se como um dos blocos que desenvolvem o maior número de variações rítmicas no Carnaval de Salvador. Em 1988, o grupo lançou o seu primeiro disco, "Muzenza do Reggae", pela Continental.
Dentre as diversas atrações que compõem a programação dos três circuitos oficiais do Carnaval de Salvador estão os grupos carnavalescos de matriz africana, que levam mais colorido e dança à festa. São afoxés, blocos afros, blocos índios, blocos de percussão, blocos de reggae e blocos de samba, todos com forte apelo cultural a desfilar pelos circuitos Osmar(Barra/Ondina), Dodô (Barra/Ondina) e Batatinha (Centro Histórico).
Os blocos afro propõem o resgate da cultura africana através das vestimentas, ritmos, instrumentos musicais e também com a representação dos aspectos históricos em seu desfile. Em 1974, a capital baiana contribuiu com a inserção da musicalidade africana no Carnaval com a criação do primeiro bloco afro do país, o Ilê Aiyê, no bairro da Liberdade. O Ilê interpreta músicas com forte apelo à cultura de matriz africana e todos os anos escolhe temas a serem abordados no desfile, por meio das músicas e das fantasias. Este ano, o bloco presta homenagem à resistência negra em Minas Gerais. O bloco é responsável por grandes sucessos como Que Bloco é Esse, Deusa do Ébano e Charme da Liberdade, entre outros.
Com mais de 30 anos de participação e expansão no carnaval baiano, o bloco Ilê Aiyê, possibilitou a disseminação da herança africana e também a criação de diversos blocos afro na cidade. Conquistando seu espaço e respeito ao longo dos anos, os blocos afro, preenchem o carnaval baiano de cores, dança, cultura, vozes e batuques com um estilo único.
Atualmente, os blocos afro se apresentam em maior quantidade em dois circuitos do carnaval baiano: Batatinha e Osmar. Mais de 50 blocos afro desfilarão nos circuitos do Carnaval de Salvador. A africanidade se faz presente nos seis dias de festa momesca, com os tradicionais blocos da matriz africana, entre eles, Cortejo Afro, Muzenza, Filhos de Gandhy, Male de Debalê, Alerta Geral e Coração Rastafári.
Atualmente, os blocos afro se apresentam em maior quantidade em dois circuitos do carnaval baiano: Batatinha e Osmar. Mais de 50 blocos afro desfilarão nos circuitos do Carnaval de Salvador. A africanidade se faz presente nos seis dias de festa momesca, com os tradicionais blocos da matriz africana, entre eles, Cortejo Afro, Muzenza, Filhos de Gandhy, Male de Debalê, Alerta Geral e Coração Rastafári.
O circuito Batatinha (Centro Histórico) recebe neste Carnaval a folia de alguns blocos afro, a exemplo do Muzenza, Didá e Batuque do Pelô. Já o circuito Osmar (Campo Grande), o principal da cidade, traz atrações de porte como Amor e Paixão, Filhos de Gandhy, Apaches do Tororó e Commanches do Pelô. No circuito Dodô (Barra/Ondina), a festa afro será marcada blocos como Afoxé Filhas de Gandhy, Cortejo Afro e Olodum. Tudo para exaltar a cultura de origem africana que se misturou a outros costumes para formar a tão diversificada cultura, repleta de festejos, musicalidade, dança e muita história para contar.